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Editora: Intrínseca
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ISBN: 9788580573688
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Ano: 2013
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Páginas: 208
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Gênero: Fantasia.
Sinopse
Foi há quarenta anos, agora ele lembra muito
bem. Quando os tempos ficaram difíceis e os pais decidiram que o quarto do alto
da escada, que antes era dele passaria a receber hóspedes. Ele só tinha sete
anos. Um dos inquilinos foi o minerador de opala. O homem que certa noite
roubou o carro da família e, ali dentro, parado num caminho deserto, cometeu
suicídio. O homem cujo ato desesperado despertou forças que jamais deveriam ter
sido perturbadas. Forças que não são deste mundo.
Resenha
O protagonista que tem mais
ou menos 7 anos quando a história se desenrola, conhece Lettie quando o carro
do seu pai é roubado e ao ser encontrado, vem a descoberta de que um homem
suicidou dentro do mesmo. O carro foi encontrado no fim do caminho e quem mora
lá é Lettie, ela o tira daquela cena triste e melancólica e os dois passam a
ser amigos. O protagonista conhece a família dela, que é bem diferente da dele
principalmente por acreditar em todo imaginário que acontece no decorrer da
história, enquanto a família dele não acredita em nada. O protagonista vive com
os pais e uma irmã birrenta e no decorrer da história é contratada uma babá,
que ao mesmo tempo pode ser um dos monstros que o protagonista deixou que
viesse para sua casa em um dia que viveu uma pequena aventura com Lettie no
bosque perto do oceano (no livro sabemos o que é o oceano e o que ele
representa).
Na maioria das vezes ele pode contar apenas com Lettie e sua
família que chegam a conclusão que expor o protagonista ao mundo mágico e a
cenários que ficam entre o real e o imaginário não foi uma boa ideia.
"As
pessoas pensam que sonhos não são reais apenas porque não são feitos de
matéria, de partículas. Sonhos são reais, mas eles são feitos de pontos de
vista, de imagens, de memórias e trocadilhos, e de esperanças perdidas." -
Neil Gaiman
O que eu achei
Eu nunca havia lido Neil
Gaiman, então eu não sabia o que ia me acontecer. Que surpresa! Fiquei
extremamente chocada ao ler esse livro, e confesso que devo fazer uma
releitura, porque o mix de real e imaginário foge das mãos ao ler essa
história. Em alguns momentos a fantasia foi além do que minha imaginação que
leu pouco livros desse gênero e me fez totalmente perdida no mundo em que
Lettie apresenta ao protagonista. E essa sensação foi sensacional (meio
estranho dizer sensação e sensacional da mesma frase? Não sei...). Mas Neil
Gaiman faz isso com a gente, nos deixa a ponto de acreditar que aquilo tudo
pode sim ser real. Esse é aquele livro que daria um ótimo filme se fosse bem
produzido e o roteirista fosse o próprio Neil Gaiman seria perfeito. Ia todo
mundo sair do cinema sem saber se foi real ou não.
Aquele livro que te pega de
jeito e mesmo que os protagonistas sejam crianças, são personalidades fortes
que estão definindo suas características que já são muito marcantes e a gente
sabe que isso vai mudar o decorrer da história. Sem contas que a Littie vem de
uma família de mulheres muitos fortes, então tudo que ela carrega e suas
atitudes são marcadas por isso.
O universo de fantasia que
esse livro contem faz com que a gente se pergunte se isso não está acontece
logo ali no fim da nossa rua, porque é palpável e ao mesmo tempo pode ter saído
da mente criativa de uma criança. Depois de ler “O Oceano no Fim do Caminho”
lagos fazem com que eu me pergunte se um deles é o oceano da Lettie.
Sobre o autor
Segundo Neil Gaiman: “Um
livro é um sonho que você segura nas mãos”.
Neil Richard MacKinnon
Gaiman, nasceu em Portchester, Reino Unido, 10 de novembro de 1960, e é um autor britânico de romances, banda
desenhada e roteiros.
Neil aprendeu a ler com
quatro anos. Segundo o próprio: "Eu era um leitor voraz. Adorava ler. Ler
dava-me prazer. Era muito bom na maioria das disciplinas na escola não porque
tinha algum tipo de aptidão para elas, mas porque normalmente davam-nos os
manuais no primeiro dia de aulas e eu lia-os, o que significava que sabia o que
se ia ensinar a seguir porque já tinha lido tudo" Entre os favoritos: O
Senhor dos Anéis de J. R. R. Tolkien e As Crônicas de Nárnia de C. S. Lewis.
Neil também já afirmou que Alice no País das Maravilhas vai ser sempre um dos
seus livros preferidos e que em criança o leu várias vezes, ao ponto de o saber
de cor.
Após ter sido rejeitado
muitas vezes por editores, Neil adotou o jornalismo como meio de fazer conexões
que ele esperava o ajudassem a ser publicado mais tarde, então começou
entrevistando pessoas e escrevendo crítica literária. Como jornalista, foi
crítico de HQs e, aos 20 anos, teve seu primeiro título publicado, Violent
Cases, pela editora inglesa Titan.
Foi com este primeiro
trabalho que teve início sua parceria com Dave McKean. O também britânico
ilustrador ficou conhecido nos Estados Unidos ao desenhar o Asilo Arkham, mas
foi o seu trabalho como capista de Sandman que o imortalizou entre os fãs de
HQs.
Neste link você pode ter
acesso a bibiografia do autor e conhecer um pouco mais de seus livros: https://www.skoob.com.br/autor/33-neil-gaiman
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