quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Momo e o Senhor do Tempo | Resenha #1

















ISBN-13: 9788533603813
ISBN-10: 8533603819
Ano: 1996 / Páginas: 266
Idioma: português

Editora: Martins Fontes






Olá galera! Início de ano é aquele momento que temos mais novos 365 dias para fazer escolhas maravilhosas. Espero que essa resenha proporcione melhores escolhas sobre o tempo.





Sinopse


Homens cinzentos passaram a convencer as pessoas a economizar tempo e com isso a vida foi se tornando fria e vazia. Coube a Momo, uma menina desgrenhada, a missão de trazer de volta o tempo perdido.



Resenha


Eu diria que essa sinopse não faz jus a história do livro. Momo e o Senhor do Tempo, não é somente sobre Homens Cinzentos. Eu gosto da definição que eu vi no Skoob quase como um subtítulo deste livro: “a extraordinária história dos ladrões de tempo e da criança que trouxe de volta às pessoas o tempo roubado”. As crianças! Elas são totalmente desprendidas e sem os conceitos muitas vezes inúteis que nós adultos temos das coisas. Então, Momo é uma garota que não conseguimos ao certo denifir a idade, isso porque ela é miúda e pode ter 8, mas também por ter 12 anos e não sabemos definir. Ela vive em um anfiteatro de uma cidade onde as pessoas vivem tranquilamente. As pessoas dessa cidade criam Momo e ela vive gosta muito dessas pessoas e ama a vida que tem. Momo tem um dom: Ouvir as pessoas. E ela é procurada por pessoas da vila para que o seu dom ajude na resolução de problemas e auxilie a vida delas. Mas um dia, chega a cidade Homens Cinzentos que começam a ludibriar os moradores dizendo que eles devem economizar tempo pois estão o perdendo fazendo as coisas da maneira que fazem. O Homens Cinzentos dizem que não se pode fazer as coisas tão devagar, pois assim estão perdendo tempo; não se deve para durante o dia para admirar a natureza ou visitar amigos, pois quando se faz isso você está perdendo tempo e o tempo é precioso demais para se perder. Todos que visitavam Momo ficavam apreciando as estrelas, o brilho da lua prateada e essas coisinhas simples que tem no nosso dia a dia, mas os Homens Cinzentos fazem as pessoas acreditarem que isso é perda de tempo, menos Momo, pois ela é uma criança e ela ama a vida que tem. 



Os Homens Cinzentos eram poupadores do tempo e trabalhavam na Caixa Econômica do Tempo, andavam de terno cinza e uma maleta para guardar o tempo. Eram muito espertos e convenciam facilmente os moradores a economizarem cada vez mais tempo para viverem melhor no futuro. Eles tentam convencer Momo a poupar tempo, mas ela não se deixa levar. Aos poucos seus amigos não vão mais visita-la e ela fica preocupada e quer procurar explicação. Nesse momento conhecemos um outro personagem importante para essa história: a tartaruga Cassiopéia. Juntas ela vão em busca de respostas.

“Existe um mistério muito grande que, no entanto, faz parte do dia-a-dia. Todos os seres humanos participam dele, embora muito poucos reflitam sobre ele. A maioria simplesmente o aceita, sem mais indagações. Esse mistério é o tempo…existem calendários e relógios que medem o tempo… tempo é vida. E a vida mora no coração.”



O que eu achei

Tempo é questão de prioridades. Engana-se quem acredita que está sem tempo, ou que está economizando tempo. Segundo este livro maravilhoso a pessoa que fica sem tempo tem uma doença que pode ser descrita com os seguintes sintomas: “ No começo, mal dá para perceber. Um belo dia a pessoa não tem mais vontade de fazer nada. Nada lhe interessa, tudo a aborrece. Mas essa falta de vontade não desaparece, pelo contrário, aumenta a cada dia…”
Esse livro, ao primeiro olhar parece bobinho e infantil, mas é tão profundo e aborda um tema tão relevante que feliz é o adulto que consegue absorver e viver plenamente este conteúdo, mas mais feliz é a criança que sabe em sua totalidade que o tempo nada mais é que uma definição do homem para marcar compromissos, pois para as crianças o tempo nada mais é do que isso.
“Assim como vocês têm olhos para enxergar a luz, ouvidos para ouvir sons, também têm um coração para perceber o tempo. Todo o tempo que não é percebido pelo coração é tão desperdiçado quanto seriam as cores do arco-íris para um cego ou o canto de um pássaro para um surdo”.


Lembro que li esse livro todo no caminho para o trabalho, e como eu era feliz o lendo! Muitas vezes ri e as pessoas do ônibus ficaram me olhando sem entender e eu pensava: Ah se vocês soubessem o que essas páginas contém, ficariam maravilhados e saberia que estou vivendo o melhor meu tempo neste exato momento.
O livro tem uma linguagem super simples, clara e objetiva. Momo é um personagem sem nenhuma máscara: ela é o que é e isso é transparente em suas falas e ações. Nem um pouco orgulhosa, Momo é tão humilde que isso impede que os ladrões de tempo a enganem. Aquele livro que você pode reler sempre que ainda vai ter algo para aproveitar. Uma leitura muito válida que nos faz repensar questões sobre o tempo.

Sobre o autor

Michael Ende foi um escritor alemão de romances sobre fantasia e livros infantis e parte de um movimento antroposófico (estudo do homem sob o ponto de vista moral e intelectual). Filho do pintor surrealista Edgar Ende, tornou-se conhecido por seu trabalho Die unendliche Geschichte (A História sem Fim), e seus outros livros incluem Momo e o senhor do tempo e Jim Knopf. Ele é um dos mais famosos autores do século XX, por seus sucesso com livros infantis, que convida o leitor a andentrar em um estranho mundo cheio de símbolos visionários e o poder de se identificar com os heróis de suas histórias.
Os livros de Michael Ende foram traduzidos em mais de quarenta idiomas e vendidos mais de vinte milhões de cópias. Neste link é possível conhecer os livros do autor: https://www.skoob.com.br/autor/livros/203


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